Particularmente, eu não esperava um episódio tenso de Grey’s Anatomy. Okay, vamos admitir, com o episódio passado bem fraquinho, as expectativas para esse episódio eram bem baixas da minha parte. Claro que ainda estava chocado pelo súbito anúncio de que Arizona e Callie iriam deixar o Seattle Grace e se mudariam para a África, mas depois de conferir algumas notícias, acabei relaxando. Assim, o que parecia ser um episódio ordinário se tornou em um episódio extremamente angustiante, principalmente por seu final.


Separar a história de cada episódio em alguns arcos é sempre difícil. A série tem muitos personagens importantes e eles estão sempre se conectando a tramas diferentes ao longo de cada episódio. Assim, fica difícil encaixá-los em apenas uma trama. Admito que esse exagero de personagens às vezes me irrita, mas, ao menos, dissipa bastante o episódio e não o deixa massivo, principalmente se você não gostar de alguém em particular, fora a ansiedade.


Vemos logo no começo do episódio Callie e Arizona se ajeitando para a mudança. Elas estão empacotando suas coisas em seu apartamento junto a Mark, que acaba ganhando alguns itens que elas deixarão para trás. As duas também ainda tem mais um dia no Seattle Grace, mas é passageiro, apenas para assinar alguns documentos e para que Arizona se despeça de seus pacientes. Temos envolvidos a elas o Chefe Webber, que provoca Torres dizendo que tinha bons planos para elas. Mark também se envolve muito com ambas, já que ele é muito próximo a Callie. O cirurgião plástico organiza uma mini-festa de despedida para as duas, junto a Lexie e o Chefe. Pouco a pouco, fica claro que Callie Torres está bem desconfortável com essa viagem para a África. Acontece até uma conversa entre Mark e ela, próximo ao fim do episódio, onde ele, por mais que tente, não consegue deixar de dizer o que pensa. E, obviamente, Callie e Arizona acabam discutindo minutos antes do embarque, culminando em uma das cenas mais angustiantes de toda a temporada, a separação das duas (que eu acho que é temporária, mas enfim). Arizona pega o avião, Callie, não.

Temos também o treinamento dos residentes por Hunt. É o treinamento do departamento de trauma, onde eles serão testados para conseguir o certificado. Não sem bem o que significa, mas imagino que, para se tornarem atendentes, devem conseguir um certificado em cada área. Bom, Hunt parece empolgado e até chama Cristina para ajudá-la, mas Teddy acaba a pedindo emprestada para um caso e ela vai. Assim, Owen fica responsável pelo teste sozinho. Quem participa são Meredith, April, Avery e Alex. O que parece chato se transforma em interessante com uma pequena enganação de Owen e logo se torna algo entediante novamente quando descobrem que o teste é com bonecos e não reais acidentes. Os residentes são separados em times de quatro e obviamente, nossos protagonistas ficam juntos. O teste é maçante e em determinado momento, Owen acaba dispensando Meredith para que ela ajude Yang. Depois de muito tempo e esforços inúteis (de acordo com os próprios residentes), Avery sai irritado, se sentindo desgastado e achando aquilo idiotice. Kepner e Karev são os únicos restantes, já que todas as demais equipes tinham sido eliminadas. Dois destaques finais: primeiro, April se irrita profundamente com Owen durante o fim do treino e acaba surpreendendo a todos, fazendo com que o atendente acredite que ela possa ser uma ótima cirurgiã de trauma. Segundo, Owen dá um belo esporro em Avery, fazendo um paralelo com o tiroteio no hospital e seus anos de guerra. Muito legal. Interessante também é ver Karev caçoando de April no começo do treinamento e depois se divertindo com ela após a atitude que ela tomou. Será que rola algo? Bizarro.


Outros dois arcos menores são o de Mark com Lexie e o de Bailey e Derek. O primeiro é quando os dois precisam trabalhar juntos num implante de silicone nas nádegas de uma paciente, que é extremamente exagerado, mas é o dever deles. Aqui, os dois já estão bem mais tranqüilos em relação um ao outro, embora Lexie demonstre muita incerteza quanto a quantidade de implante da paciente, mas logo é convencida pela própria paciente Christy (Wynn Everett). E ao final do episódio, rola até uma espécie de flerte entre os dois. O outro arco é principalmente de Bailey, que está auxiliando na autópsia de Mary (Mandy Moore). Ela está muito envolvida emocionalmente ainda. Ela ainda se irrita muito com a legista. Paralelamente, ela conversa com Derek, que está tentando uma apresentação sobre Alzheimer, mas sem progresso. Vemos que os dois estão na fase de que eles precisam se “desapegar” um pouco, mas nenhum dos dois consegue.

O último arco e pra mim, além de mais importante, o mais chato é de Cristina Yang. Acompanhamos durante toda a temporada a massiva luta dela contra ela mesma. E continua. Depois de uma aparente melhora, ela volta a ficar depressiva de novo. Dessa vez ela está auxiliando Teddy. A Dra. Altman foi buscar pulmões novos para Roy (Ron Perkins), aquele paciente que Cristina ajudou a colocar na lista quando o atendia junto a April, há alguns episódios. Ele ganhou direito a um pulmão novo e Yang se encarregou de cuidar dele enquanto Teddy está fora. Quem aparece para o ver é Corinne (Amber Benson), sua filha, com quem ele não tivera contato por longos vinte anos. Meredith é enviada para auxiliar Cristina, mas a única coisa que consegue é descobrir que Yang a culpa por tudo que acontece, por toda a pressão e vemos que a amizade delas está claramente abalada, embora Grey não queira admitir. Assim, Meredith acaba responsável por atualizar Corinne do que acontece a seu pai enquanto Cristina surta tentando encontrar ajuda com o Dr. McQueen (Leith Burke), quem Teddy recomendou caso ela precisasse de ajuda, pois o coração começara a dar problema, além dos pulmões. Cristina acaba ajudando Roy com seus conhecimentos, encorajada por McQueen. Yang consegue resolver parcialmente e Teddy chega, realizando o transplante e resolvendo o problema. Cristina se saiu bem, mesmo enlouquecendo. A cena mais marcante fica para o final, quando Hunt a parabeniza e ela diz que ele estava certo sobre ela conseguir ser cirurgiã. Então ela revela que mesmo conseguindo, ela não quer e revela que se demitiu. CENA CHOCANTE!



Fora muitos momentos intensos. A chatice da Cristina se tornou interessante quando ela disse que se demitia. Pobre Hunt. A relação dela e de Meredith parece bem abalada. Mark e Lexie parecem ser encaminhados novamente para a volta do romance. Eu gostava dos dois. Callie e Arizona se separam, um choque. Mas diante do choque anterior e pelo episódio, era previsível. Ainda ando com pena da Miranda, mas ela está meio solta na trama. E para finalizar, uma suspeita que Kepner e Karev tenham algo. Eles são bem opostos, mas tudo é possível, não é?
E aí, o que acharam? Gostaram como eu? Quais as suspeitas para os próximos episódios?

Fiquem ligados, semana que vem tem mais Grey's Anatomy!

Minha avaliação: de ótimo para sensacional
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