A série conta sobre a vida de um compositor de jingles que mora em uma casa na praia de Malibu que tem sua vida festiva de muito dinheiro, bebida e mulheres, pelo divórcio de seu irmão, que se muda para sua casa como único lugar para ir. Junto a seu irmão, vem também seu sobrinho, um garoto de apenas dez anos.


Charlie Harper (Charlie Sheen) é o solteirão debochado e mulherengo. Ele vive da melhor forma possível (ao seu ver) sua vida na costa Californiana, porém, sua vida se transforma subitamente quando seu irmão, Alan Harper (Jon Cryer) se divorcia e resolve ir morar com ele sem mais nem menos. Alan é o oposto de seu irmão, não tendo muita habilidade com as mulheres, visto que ele viveu praticamente com apenas uma e ela era bem repreensiva. Além disso, Alan ainda tem alguns conceitos totalmente diferentes de Charlie, sendo muito mais conservador e menos malicioso, aparentemente. Junto a Alan, vem Jake (Angus T. Jones), um garoto de apenas dez anos e que não sabe de muitas coisas, mas que mesmo sua inocência acaba deixando tanto pai quanto tio reféns de diversas situações. Ao longo do seriado, vemos um amadurecimento no personagem, mostrando diversas novas características de Jake, como sua gula, sua preguiça, seu jeito despojado. Podemos perceber que ele não é tão ignorante ou burro quando parece, apenas não é tão esforçado para demonstrar isso.

Two and a Half Men estreou na CBS em setembro de 2003 e está, atualmente, em sua oitava temporada. É uma comédia no estilo Sitcom (situation comedy, que pode ser traduzido como uma comédia baseada no cotidiano). Ao que parece, devemos ter pelo menos mais uma temporada, considerando o atual contrato de Charlie Sheen.

Apesar do nome, que é bem óbvio, considerando os dois adultos e o garotinho (que na atual temporada já é adolescente), ainda temos outros personagens envolvidos constantemente. Com o decorrer da série, três personagens importantes se mantiveram regulares, embora não apareçam com tanta freqüência quanto os três anteriormente citados. Elas são: Evelyn Harper (Holland Taylor), que é a mãe de Alan e Charlie. Se há uma certeza maior que a desavença entre os dois irmãos, ela é a repulsa pela mãe. Evelyn é viúva e já teve alguns outros casamentos e a relação dela com os filhos é sempre caótica, resumindo a família em um convívio nada fácil. Apesar da idade, Evelyn ainda é alguém que se permite novos encontros sempre, se assemelhando ao filho Charlie nesse aspecto. Outra personagem é Berta (Conchata Ferrell), que é a empregada doméstica de Charlie. Ela sempre teve um estilo bem debochado e descontraído, mas com o passar dos anos, Berta acabou se tornando ainda mais íntima da família, lhe permitindo debochar tanto de Alan quanto de Charlie ou Jake, dando um ar descontraído ainda melhor ao show. E a última, mas não menor importante, é Judith (Marin Hinkle), ex-mulher de Alan e mãe de Jake. Ela é uma mulher bem irônica e debochada, fazendo pouco caso do ex-marido sempre que pode. Ela também tem um jeito mandão, que parece ser o que traumatizou Alan ou o deixou do jeito que ele é atualmente. Judith e Charlie tem uma rivalidade eterna que acaba colocando sempre Alan no meio dos dois e o tornando alvo duplo, já que Jake sempre se sai categoricamente das situações constrangedoras.

Ao longo do seriado, diversos outros personagens passaram pelo seriado com participações importantes e duradouras, formando vínculos seja com Charlie, Alan ou Jake. Tivemos a oportunidade de ver Rose (Melanie Lynskey), a vizinha apaixonada que perseguia Charlie. Rose deixou o seriado, aparentemente, aparecendo algumas vezes após a segunda temporada. Ela já atuou como babá de Jake quando ele era mais novo e até quase evoluiu em uma relação com Charlie, mas para sua infelicidade, não durou. Após se mudar, o solteirão ainda passou alguns mal bocados sentindo falta da mesma. Tivemos Chelsea (Jennifer Bini Taylor) com quem Charlie quase se casou. A personagem permaneceu por um bom tempo na série também, começando pela sexta temporada. Ela também era bem amiga de Alan, o que acabou a agregando ainda mais a família. Ela chegou a morar na casa por um tempo antes do término. Chegou a ficar na lembrança de Charlie por um bom tempo. Dra. Linda Freeman (Jane Lynch) era apenas terapeuta de Jake, mas acabou se tornando terapeuta tanto de Charlie como de Alan. Um espetáculo à parte e uma ótima atuação. Linda era uma psicóloga um tanto quanto avarenta, mas acabou ajudando nossos protagonistas ao longo das temporadas. Como novo marido de Judith e padrasto de Jake, temos Herbert Melnick (Ryan Stiles). Herb acabou criando uma relação muito boa com Alan e Charlie pela opinião em comum que eles tem sobre Judith. Ele aprece um pouco reprimido pela mulher também, mas não perde uma oportunidade de dar uma escapada e interagir com os dois. Ainda temos Melissa (Kelly Stables), que era secretária de Alan e acabou se relacionando com Charlie e posteriormente com o próprio Alan, aparecendo em meio a um relacionamento sério de seu ex-chefe. E quem imaginava que Alan moraria eternamente com Charlie, ainda pode ver ele se mudar com o filho para a casa de Lyndsey MacElroy (Courtney Thorne-Smith), a mãe do melhor amigo de Jake com quem Alan teve um relacionamento intenso por um tempo.

Por que assistir Two and a Half Men? Bem, existem muitas razões. Apesar de ser uma comédia, o show aborda diversos aspectos da vida dos dois irmãos e o garoto, misturando jeitos diferentes de viver em uma mesma casa, em uma mesma rotina. A série fala sobre homens e mulheres, encontros, divórcio, mães e pais, relações diversas, família, dinheiro, entre muitas outras coisas. Apesar dos desentendimentos infinitos entre Charlie e Alan, e a influência que mãe, ex-mulher, empregada e demais mulheres relacionadas a ambos causam a eles, os dois sempre parecem se entender quando se trata de cuidar do jovem Jake, provendo-lhe suporte em qualquer situação. Mas vamos entender, Jake não é deficiente a ponto de precisar de ajuda sempre, ele é apenas jovem, sem experiência e um pouco desprovido de inteligência, pra não dizer pior. Charlie é um péssimo exemplo, mas tem uma ótima relação com Jake. Alan também não é um excelente exemplo para o filho, mas luta constantemente para chegar a uma decisão minimamente sensata quando há algo a fazer.

Two and a Half Men domina a audiência das segundas-feiras americanas há anos, provendo a emissora a chance de embarcar outras séries em seu sucesso, seja pelo horário antes ou depois. E não podemos negar que eles fazem por merecer. Apesar de ser uma série sem uma trama elaborada e, coincidentemente, contínua, se não pelo tempo, ela atrai e faz rir qualquer tipo de pessoa. É uma comédia familiar, afinal, apesar de certo linguajar inapropriado em alguns momentos, mas que conta com uma atuação extremamente competente de todos seus “dois homens e meio”. E não é à toa, afinal, Charlie Sheen tem o maior salário da TV americana, atualmente, e Jake T. Jones tem o melhor salário mirim na TV americana também.

Assim, em sua oitava temporada, Two and a Half Men já teve um pouco de tudo, mas parece que ainda tem muito para mostrar. Com diversas participações especiais de celebridades famosas, o show parece crescer constantemente. Embora não seja uma série cuja trama seja prioridade, mas o humor, já mostrou também uma boa continuidade de fatos em diversas situações. Apesar dos constantes problemas pessoais de Charlie Sheen, acredito que o seriado ainda perdurará por algum tempo, pois ele já marcou uma geração. Um fato curioso sobre a série é a própria abertura, onde os próprios protagonistas cantam o tema e com o avanço das temporadas, os produtores fizeram Jake crescer ao fim da abertura, o que foi muito bem bolado e adaptado. A seguir, segue a promo da 7ª temporada da série (Lengedada pela equipe inSUBs):



Minha avaliação: de boa para ótima.
Emissora: CBS
Dia de exibição: segunda-feira
Criador: Chucke Lorre